O projeto de aprendizagem iniciou com a pergunta:
O que é BULLYING. Fundamentada no relato de um aluno que justificou suas
agressões como um revide, pois afirmou que era vítima de Bullying tanto dentro
do espaço escolar, como também nas brincadeiras de rua. Antes de elaborar o Mapa
conceitual, tivemos alguns momentos para refletir sobre o Tema do projeto. Um
dos momentos foi uma contação de história. Contei aos alunos a história de
Mariana , relato de uma menina que é vítima de Bulliyng o que a leva à depressão e consequente hospitalização.
A história do livro termina com toda escola envolvida em campanha antibullying.
A história é uma narrativa repleta de
questionamentos para que as crianças participem com suas ideias, levando à
reflexão sobre o tema. Também se estabelece um diálogo para que as crianças
possam relatar suas experiências como vítimas desta agressão. Seguem algumas
perguntas formuladas dentro da narrativa.
Vamos pensar juntos: Como podemos ajudar Mariana?
Será que na sua escola ou bairro não há pessoas que passam pelas mesmas
situações que Mariana está passando? Qual a opinião de seus colegas.
O envolvimento da turma foi tão intenso que tivemos
que montar uma estratégia para que todos pudessem participar dos relatos.
Escolhemos um boné que chamamos de “ Boné Falante”. Para que todos falassem e
fossem escutados com atenção pelos colegas, a estratégia foi combinar que, para
responder as perguntas ou fazer um relato, era necessário estar com o “ Boné
Falante” em mãos. Assim todos puderam participar.
Nestes
momentos observo a interação da turma e a capacidade de reflexão das crianças.
Eles relataram muitos casos que presenciam na escola e também em brincadeiras
na rua. Desta forma o tema do Projeto de Aprendizagem é significativo ao aluno,
algo que é parte de suas vivências. Quando trazemos para a aula temas com esta
abordagem e conseguimos transgredir as formas encapsuladas de aprendizagem,
fugir aos contéudos vazios e distantes, a participação dos alunos é intensa e
verdadeira. Vemos aqui o que Pedro Demo
chama de educar pela pesquisa. O aluno como protagonista de suas
aprendizagens. Basta lançar desafios e dar a possibilidade de expressar seus
conhecimentos e suas reflexões.
Referências: Coleção:
Todos contra o BULLYING. “ A história de
Mariana” . Difusão Cultural do Livro.
Sim Fátima, se trata de educar pela pesquisa e pesquisar educando. A pedagogia da pergunta, do diálogo e da escuta traz mais efeitos do que a da explanação e "absorção" passiva de conteúdos programáticos que, muitas vezes, não são significados. Interessante a técnica "boné da palavra" garantindo um espaço democrático de voz e vez para a palavra de todos e cada um/a. Abraços.
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